Na semana passada a caminho do Algarve, estava um lindo dia de Sol! Era cedo e fazia muito frio, mas também havia um Sol esplendoroso…
Lembro que a metade de
caminho, no Alentejo, a temperatura marcava quatro graus e, apesar do frio, o Sol
continuava a brilhar.
De repente, vindo da nada,
começou o nevoeiro. No início era nevoeiro normal, mas conforme íamos caminho
adentro, este era cada vez mais denso, forte, e a dificuldade em ver mais de 3
metros era tremenda.
Assim percorremos um bom
bocado, um pouco às cegas, sem ver muito do caminho, com a visão turva, mas
claro… continuámos sempre em frente.
Nunca foi opção pararmos à beira da estrada e esperar que o
nevoeiro passasse. Continuámos em frente com cautela e pouca visibilidade, mas
sabíamos que iria chegar o momento onde o Sol voltaria a brilhar.
Este facto fez-me reflectir
quantas vezes andamos na nossa vida, naquilo que realmente importa, em “zona
de nevoeiro”, e paramos à espera que o Sol volte a brilhar.
Em muitas ocasiões menos
importantes – como viagens, desporto, etc… – nem refletimos e avançamos, com
medo, às vezes um pouco mais devagar, mas avançamos, e chegamos ao nosso
destino final.
O “nevoeiro” da nossa
cabeça é uma situação transitória, igual ao da estrada. Nem sempre é um
nevoeiro fechado, vai alternando, segundo os diferentes momentos, e por
vezes aparece o Sol quando menos o esperamos, ou fica mesmo aberto… e a Luz
aparece!
Aprende com a natureza a
analisar os teus comportamentos diante dos desafios. Cria paralelismos entre
eles e continua a avançar, porque tu naturalmente avanças, com maior ou menor
medo… mas avanças!
Lembra-te que no momento menos esperado pode aparecer o Sol, e tudo aquilo que parecia difícil, impossível, e que até te aterroriza, passa a ser um momento de Luz, de calor, de confiança para conseguires ir mais longe.
BEATRIZ RUBIO